Secretaria de Estado das Mulheres (Semu) participa de capacitação contra assédio

Secretaria de Estado das Mulheres (Semu) participa de capacitação contra assédio

Iniciativa apresentou as diretrizes do protocolo ‘Não se Cale’ que busca identificar, prevenir e enfrentar a violência sexual na sociedade;

Com o intuito de informar, esclarecer dúvidas e capacitar pessoas que trabalham em estabelecimentos noturnos, a Secretaria de Estado das Mulheres (Semu), participou, na noite da ultima segunda-feira (20) maio, de uma capacitação com base no protocolo ‘Não se Cale‘. 

A aplicação do protocolo busca garantir suporte às vítimas de assédio ou violências ocorridas em bares, restaurantes e casas noturnas, tendo como base o decreto estadual de nº 3.643/2024, garantindo que os estabelecimentos adotem medidas de auxílio à mulher que se sinta em situação de risco, sendo uma diretriz nacional.

Para a diretora de Políticas Públicas para Mulheres da Semu, Clarice Leonel, o momento foi de esclarecer, informar e fortalecer as ferramentas que já são utilizadas no combate à violência sofrida por mulheres assédio. “Entre os propósitos desempenhados pela secretaria, está o fortalecimento das políticas de proteção e de enfrentamento à violência contra a mulher. E nosso objetivo aqui é justamente trazer as informações necessárias para que todos saibam como agir em situações de violência.” 

“Essa capacitação, de fato, foi muito importante para o nosso espaço e também para a nossa equipe. Estamos trabalhando para dar continuidade ao nosso projeto que, desde o início foi pensado para ser um espaço de diálogo e arte. E para que isso aconteça a gente precisa de segurança para que essa imersão aconteça de forma legítima”, disse o sócio do estabelecimento, Tomás Vieira. 

“A intenção desse protocolo é que os estabelecimentos estejam preparados, para em caso de um ocorrência, atender a vítima com sigilo, garantindo que ela possa buscar por socorro e respeitando sempre a sua vontade. O saber ouvir é fundamental para seguir todo o trâmite conforme a vontade da vítima”, explicou Camila Lourinho, assessora jurídica da Semu. 

Participaram também da reunião representantes da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Pará, Tribunal de Justiça do Pará e Câmara Municipal de Belém.

De acordo com dados disponibilizados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 30 milhões de mulheres foram assediadas sexualmente, o que corresponde a 46,7% das mulheres brasileiras. 

O que é o assédio?

Todo e qualquer ato com o intuito de constranger alguém ou obter vantagens é considerado assédio. Os tipos mais comuns de assédio são: sexual, moral, virtual e institucional. 

O assédio sexual, ainda de acordo com o Fórum de Segurança Pública, é um dos mais comuns sofrido por mulheres. Essa conduta é considerada crime estando previsto no artigo 216-A do Código Penal Brasileiro com pena de detenção de 1 a 2 anos. 

Já a lei de n° 13.718/2018, configura como crime de importunação sexual, condutas de natureza sexual sem consentimento da vítima, com pena de reclusão de 1 a 5 anos.

(Com informações Agência Pará)