Professores da Unifesspa e técnicos se unem e entram em greve

Professores da Unifesspa e técnicos se unem e entram em greve

Nesta-segunda (15) abril, o corpo docente da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, (Unifesspa) entrou em greve por tempo indeterminado.

Na manhã desta segunda-feira, na unidade 3, no Núcleo Cidade Jardim, em Marabá-PA, marcando o início do movimento organizado, pelo Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (SindUnifesspa), em resposta a uma série de reivindicações cruciais para a classe docente e se integrando a um panorama nacional de mobilização da educação pública federal.

Além disso, os docentes buscam uma alocação mais efetiva de recursos públicos para as instituições federais de ensino, visando garantir condições ideais de funcionamento e desenvolvimento acadêmico.

As principais reivindicações envolvem três eixos fundamentais: a reestruturação salarial para compensar perdas acumuladas desde 2016, um reajuste escalonado em três parcelas de 7,06% até 2026; a reestruturação da carreira docente, com foco na valorização das condições de trabalho e a revogação de medidas consideradas antissindicais, antidemocráticas e contrarreformas, e a garantia de mais recursos para as universidades, diante dos cortes significativos efetuados pelo governo nos últimos anos.

Tais pontos refletem preocupações não apenas locais, mas também o contexto nacional de enfrentamento aos desafios estruturais enfrentados pela educação pública no país.

“Essa mobilização está no marco da greve nacional dos docentes, que se unifica com a greve dos técnicos administrativos e com a greve dos docentes e técnicos do ensino básico e tecnológico, ou seja, uma greve de todo o setor da educação federal”, diz o professor Raimundo Wanderley Correa Padilha, do SINDUNIFESSPA, durante o ato que acontece nesta manhã.

É importante ressaltar que á greve docente da Unifesspa se alinha a um movimento mais amplo, englobando os técnicos-administrativos em educação (TAE) da própria instituição, que estão em greve desde o dia 11 de março, bem como docentes e técnicos de outros campi do Instituto Federal do Pará (IFPA), em greve desde o dia 3 de abril.

Não se restringindo ao âmbito local, o movimento grevista dos trabalhadores da educação pública federal ganha contornos nacionais, com diversas universidades e institutos suspendendo suas atividades a partir da mesma data, 15 de abril. (Com informações correio carajás)