OPERAÇÃO DIAPHTHORA
Geordan Fontelle ostentava trabalho como delegado e viagens internacionais nas redes sociais.
Geordan Fontenelle,ex-Delegado de Redenção-PA, e atual Delegado de Mato Grosso é Preso nesta quarta-feira (17) de abril, por chefiar um esquema de corrupção e advocacia administrativa na Delegacia de Peixoto de Azevedo. O delegado Geordan Fontenelle ingressou na carreira em novembro de 2021, Ou seja, ainda está em estágio probatório e pode acabar perdendo seu concurso público após passar por um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD).
Apesar de “novato” na Polícia Civil de Mato Grosso, Geordan Fontenelle tem um histórico no serviço público. Já foi delegado no Pará e ex-agente da Polícia Civil em Goiás e também no Distrito Federal.
Veio para Mato Grosso, pois é o segundo estado que melhor remunera delegados no Brasil. Atualmente, ganhava cerca de R$ 35 mil.
No Pará, chegou á ser candidato a vereador na cidade de Redenção pelo Podemos. Todavia, não se elegeu.
Nas redes sociais, Fontenelle compartilhava parte de seu trabalho como delegado titular de Peixoto de Azevedo, mostrava fotos de suas viagens.
Operação Diaphthora
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, na manhã desta quarta-feira (17), a Operação “Diaphthora”, para cumprimento de 12 ordens judiciais decretadas em investigações que apuraram um esquema criminoso praticado por um delegado e um investigador de polícia no município de Peixoto de Azevedo.
São cumpridos dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e três medidas cautelares. Os servidores são investigados pelos crimes de corrupção passiva, associação criminosa, e advocacia administrativa.
As investigações iniciaram após denúncias recebidas no Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral, que apontavam o envolvimento de policiais civis, advogados e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo, em situações como a solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial, caracterizando a formação e uma associação criminosa no município.
Entre os crimes praticados pela associação criminosa, foi demonstrado no inquérito que o delegado e o investigador solicitavam o pagamento de vantagens indevidas para liberação de bens apreendidos, exigiam pagamento de “diárias” para hospedagem de presos no alojamento da delegacia e, ainda, pagamentos mensais sob a condição de decidir sobre procedimentos criminais em trâmite na unidade policial.
Todos os esquemas e acertos levam à conclusão de que existia um verdadeiro “gabinete do crime”.
(Com informações J1agora)